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Minicursos

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MINICURSOS*

1) Planalto Central em cena (1970-1991): por outros olhares historiográficos sobre a produção do cinema nacional moderno
Aline Fernandes Carrijo

Data: 17/05

Local: Auditório Demartin Bizerra

Resumo: A proposta do minicurso é explorar outras possibilidades de análise sobre o chamado cinema nacional moderno, principalmente a partir das obras de Vladimir Carvalho sobre o Centro-Oeste. Notamos que as narrativas historiográficas sobre o cinema moderno no Brasil, na maior parte das vezes, são construídas a partir de obras produzidas no eixo Rio-São Paulo. Os filmes realizados fora desse centro – e as histórias sobre seus processos de produção – são, em geral, reduzidos à condição de “regionais” e, muitas vezes, carece de análises. Na região Centro-Oeste, o cineasta Vladimir Carvalho é personagem fundamental dessa história. Paraibano, se mudou para Brasília em 1970. Suas obras falam sobre os processos de modernização pelos quais a região estava passando, assim como o impacto para a população local, o que caracteriza parte importante da história brasileira. Analisar seus filmes, inserindo-os nas narrativas sobre o cinema nacional, é apenas uma pequena parte de um trabalho que precisa ser feito para repensar uma narrativa descentralizada sobre a arte no Brasil. Com isso, a ideia não é preencher lacunas, mas, sim, contemplar problemas históricos em toda a sua complexidade. Falar sobre cinema nacional é também falar sobre um cinema produzido fora do considerado centro “econômico-cultural” do país. Nesse sentido, o minicurso proposto seguirá três principais eixos: 1) uma revisão sobre a historiografia consolidada sobre o chamado cinema nacional moderno; 2) a problematização dessa historiografia a partir de trabalhos já realizados e exemplos cinematográficos e 3) a análise mais aprofundada de alguns documentários do Vladimir Carvalho sobre o Centro-Oeste, relacionando-os com uma perspectiva mais ampla. A importância de se rever essa história a partir de outras perspectivas aparece como necessidade ainda nos dias de hoje, em que a divisão entre regional e nacional se perpetua também em outras áreas da historiografia. O impacto social dessa produção acadêmica é sentida nas narrativas sobre o cinema nacional e reflete diretamente na difusão de conhecimento histórico tanto no ensino, quanto para públicos mais amplos.

2) As relações (e tensões) entre Japão e Brasil no séc. XX: cultura, política, memória e trauma
Diego A. de Moraes Carvalho

Data: 18/05

Local: Auditório Demartin Bizerra

Resumo: A Shindo-Renmei [“Liga do Caminho dos Súditos”] foi uma de uma organização paramilitar de origem nipônica que se formou no interior do Estado de São Paulo, no período do pós-guerra. Tal milícia agia no sentido obtuso de “preservar o verdadeiro espírito nipônico” [Yamatodamashi] combatendo aquilo que nomeavam de “falsa propaganda inimiga”: a aceitação por parte de membros da colônia na “suposta” rendição do Japão na II Grande Guerra. Crer nisso seria violar a suposta identidade japonesa, traindo a pátria e o imperador. Neste caso, a única remissão possível seria a morte. Contudo, pouco se sabe de sua origem ao certo ou de seu desiderato/ desintegração. A proposta desse minicurso – tomando o caso Shindo-Renmei como órbita temática – é operar um resgate da história e da memória da (i)(e)migração japonesa no Brasil, suas agruras e desafios, discursos e políticas subjacentes a este processo e que levou, nas primeiras décadas do século XX, a um processo de isolamento/exclusão/censura que foi muito melindroso para a situação de vida do colono – resultando no fratricídio nipônico. Trata-se de operar um exame e ofertar novas perspectivas para o ensino e pesquisa sobre os meandros da história da (i) (e)migração japonesa e de como a figura do imigrante nipônico se afirmou no árduo processo de garantir sua identidade/integridade – capítulo inglório da história do Brasil, que foi marcado por traumas e silêncios, mas que pôde ser ouvido e sentido por meio do esforço hercúleo do ofício historiográfico.

3) A educação profissional e tecnológica no Brasil – dos primórdios à atualidade
Sílvio Antônio Cardoso de Castilho

Data: 20/05

Local: Sala T-106

Resumo: Nesse minicurso abordaremos como se deu a implantação dos cursos profissionalizantes no Brasil no período Imperial e seu desenvolvimento até a contemporaneidade, dando enfoque na criação dos CEFETS e Institutos Federais, que propunham uma ruptura com o ensino dualístico, promovendo uma educação omnilateral, tratando-se de um marco nas políticas educacionais no Brasil. Através de uma perspectiva materialista histórico-dialética analisaremos a relação entre a educação e o ensino para o mundo do trabalho, que no Brasil está marcada historicamente pela dualidade entre educação propedêutica (educação para a elite) formando futuros dirigentes versos educação do proletariado, priorizando a formação para o trabalho manufatureiro, relacionada com a questão da servidão, sendo os índios e os escravizados os os primeiros aprendizes de ofício depois as crianças pobres, os órfãos, os abandonados, e os moradores dos Asilos da Infância dos Meninos Desvalidos, Já na era Vargas na decada de 70 as escolas técnicas focavam especificamente na formação profissional atender às demandas do capital estrangeiro , que buscava o implantação de indústrias automotivas no país. Ao término do curso refletiremos com novas perspectivas as questões do processo de uberização, empreendedorismo e as novas formas de trabalho propostas pelo capitalismo e seus impactos na vida dos cidadãos. Palavras-chave: ensino profissionalizante, escola dualista, uberização, formação cidadã, educação omnilateral, exploração capitalística.

4) Noções básicas de paleografia medieval portuguesa
André Costa Aciole da Silva

Data: 19/05

Local: Auditório Demartin Bizerra

Resumo: Nessa VII Semana da Licenciatura em História do IFG, propomos o minicurso que tem como objetivo apresentar aos alunos graduandos, noções básicas de paleografia geral e, em especial, da paleografia medieval portuguesa. Esperamos assim possibilitar aos participantes o trato com as fontes manuscritas medievais que hoje podem ser acessadas por meio da rede mundial de computadores. O minicurso se dividirá em duas etapas: a primeira com a apresentação dos aspectos gerais da escrita antiga e da escrita na corte dos monarcas portugueses. Em um segundo momento pretendemos o contato diretamente com as fontes cujo trabalho será fundamentalmente com o exercício de comentário e transcrição de documentos medievais portugueses.

5) Levantamentos de microdados educacionais: fontes primárias para a pesquisa em política educacional
Josué Vidal Pereira

Data: 18 e 19/05

Local: Realizado remotamente

Resumo: O processo de informatização que tem alcançado quase todos os âmbitos da atuação estatal tem como consequência maior praticidade nos processos de criação, disponibilização e atualização de bancos de dados a respeito de praticamente todos os aspectos que envolvem a vida social. No que tange ao campo da educação, muitos dos dados coletados anualmente são disponibilizados por meio de relatórios produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, como também pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, por meio dos Censos da Educação Básica e Superior. Contudo, para os pesquisadores do campo das políticas educacionais, incluindo os da área de financiamento da educação, os dados disponibilizados ao público em geral geralmente são muito limitados e com poucas possibilidades de aprofundamento a respeito de aspectos muito específicos a depender do tipo de pesquisa a ser realizada. Nesse sentido, este minicurso propõe a realização de oficinas nas quais serão apresentados o Laboratório de Dados Educacionais (para o trabalho com microdados do Censo) bem como o Banco de dados da Execução Orçamentária da União, no qual são registrados todos os recursos financeiros aplicados pelo Governo Federal em todas as áreas, incluindo-se a educação. Espera-se que o treinamento para a obtenção de dados e criação de séries históricas, possa subsidiar o trabalho do/a pesquisador/a, dando-lhes maior autonomia para trabalhar com dados obtidos diretamente de fontes primárias.

* Todos os minicursos ocorrerão no turno da tarde, a partir das 14 horas.

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