Ailton Krenak e Rosane Borges na mesa-de-debate “Decolonialidade, Gênero e Ativismo”

LINK DE ACESSO:
https://youtu.be/6Dn46B54kf4

Conheça os convidados:

Krenak

 

Ailton Krenak

Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do Médio Rio Doce. Líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro da etnia indígena crenaque. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia.  É doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Ailton participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988. Foi durante a Assembléia Constituinte, em 1987, que Ailton protagonizou uma das cenas mais importantes da nossa história: na tribuna em seu discurso contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos dos indígenas brasileiros, foi pintando o rosto num ato performático, com a tinta do jenipapo, segundo o tradicional indígena brasileiro.

“No dia em que não houver lugar para o índio no mundo, não haverá lugar para ninguém.” (Aílton Krenak; do povo Krenak, de Minas Gerais). Suas pesquisas e atuação vão em direção a luta dos povos indígenas e questões ambientalistas, nas quais Ailton aborda a relação dos homens com a natureza e os desastres ambientais causados pelo modo de viver e produzir, desconectados de sua preservação. Mas a sua produção está para além disso, com uma filmografia que contém os seguintes títulos: Participação no documentário Guerras do Brasil (2019). Documentário O sonho da Terra, Direção de Marco Altberg, (2017), dentre outras. E publicações recentes: O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. A Vida Não é Útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, este último que está sendo traduzido para vários idiomas.

O convite ao Ailton Krenak para compor a roda de conversa do dia 19 de maio de 2021 no Encontro de Professores do IFG dentro do o XV Festival de Artes de Goiás – O risco, está calcado na contribuição que o olhar deste grande líder indígena nos traz, sobretudo a sua luta constante, seu ativismo reconhecido internacionalmente e o entendimento deste lugar desde sempre dos povos originários, em relação à decolonialidade – tema da mesa. O objetivo é propiciar aos estudantes, servidores, professores, profissionais da arte, e à comunidade em geral, a conversa para além da palestra, para assim tomarmos conhecimento da produção de Ailton Krenak que nos proporciona com sua atuação o acesso à cultura dos povos originários, através dos seus documentários, palestras, lives, na rede. Ailton Krenak se destaca como um dos mais importantes pensadores brasileiros e ouvi-lo, segundo muitos pesquisadores, é mais urgente do que nunca. É porque este líder indígena traz no bojo de sua produção a crítica da ideia de humanidade separada da natureza que sua fala dentro do evento oportuniza o cumprimento da Lei 9.797/1999, que dispõe sobre a transversalidade da educação ambiental. É importante lembrar que a resistência indígena tem por base o reconhecimento da diversidade e a recusa da legitimação do humano como superior aos demais seres. Sua participação no Festival oportuniza também o cumprimento da Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”.

Pelo formato em que será realizado o Festival de Arte nessa edição, devido à necessidade de distanciamento social decorrente da pandemia de Covid-19, a palestra contratada e esperada do palestrante será de grande contribuição para a programação do evento, aproximando por meio das  tecnologias importantes conexões entre a arte e a ancestralidade indígena, elementos fundamentais para a discussão da arte por uma perspectiva atualizada, inclusiva, decolonial, tal como almejada pelo Festival a cada edição, e que poderá acrescentar conhecimento a todo o público, cujo alcance será potencializado pela transmissão on line da atividade.


Rosane

Rosane da Silva Borges

Rosane Borges, é jornalista, professora e pesquisadora colaboradora do Colabor (Centro Multidisciplinar de Pesquisas em Criações Colaborativas e Linguagens Digitais), da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). É doutora e mestre em Ciências da Comunicação pela USP (2008), ex-coordenadora nacional do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), da Fundação Palmares, órgão do Ministério da Cultura (2013). Coordenou projeto de Educação em Comunicação e Direitos Humanos do Ceaslas (Centro de Ensino e Assistência Social La Salle); Foi assessora de projetos da Congregação Scalabrinias, trabalhou na área de Comunicação e Tecnologia do Instituto Geledés, coordenou o programa de Comunicação do Instituto kuanza. Integrou o grupo de professores do Curso de Especialização “Cultura e meios de comunicação: uma abordagem teórico-prática” do Sepac (Serviço a Pastoral da Comunicação) da Congregação Paulinas em convênio com a PUC-SP (2001-2006) com as disciplinas na área de administração, produção editorial e ética jornalística; Ex-docente da Universidade Estadual de Londrina.

Possui experiência docente e prática no campo das teorias da comunicação, da filosofia da comunicação, da comunicação, cultura e sociedade, da produção audiovisual e multimídia. Atua na área dos imaginários, imaginários tecnológicos estéticos, audiovisualidades e representações, mediações culturais e práticas educomunicativas. A partir da comunicação, vincula-se ao campo das pesquisas sobre raça, gênero e problemas brasileiros. É articulista da Revista Carta Capital Digital e do blog da Editora Boitempo, colunista da Revista IstoÉ Independente,  escreve regularmente nos portal de notícia “Jornalistas Livres”. Integra o CORE (Conselho Internacional Reinventando a Educação), cujo patrono é o pensador Edgard Morin e o selo editorial Aquilombô (MG). Integrou o comitê editorial de selos da editora Imprensa Oficial e da revista Caligrama (USP). Fez parte também do Conselho Nacional de Promoção de Políticas da Igualdade Racial (CNPIR) da Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2012-2014). Possui diversos livros publicados, entre eles: Esboços de um tempo presente (2016), Mídia e Racismo (2012); Jornal: da forma ao discurso (2002), Rádio: a arte de falar e ouvir (2003), Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004).

Mais recentemente, dedica-se à produção de conteúdo exclusivo para seus canais nas redes sociais, no Instagram e no Canal “Esboços do Contemporâneo” (YouTube), com vistas a influenciar os debates públicos sobre as causas que pesquisa e defende. Tem sido convidada para ministrar cursos em diferentes instituições, como o Instituo Tomie Othake, e a  palestrar em uma multiplicidade de eventos, inclusive literários, artísticos e culturais, ocasiões em que costuma tratar da necessidade da descolonização do olhar sobre a arte e das representações imagéticas que moldam o imaginário social a respeito dos corpos e sua presença/posição no mundo.

O convite a Rosane Borges para compor a roda de conversa do dia 19 de maio de 2021, no Encontro de Professores do IFG dentro do o XV Festival de Artes de Goiás – O risco, veio da importância dessa brasileira, como ativista e pesquisadora que nos traz um conhecimento fluido numa escrita e fala articulada com o nosso tempo numa perspectiva de mulher negra, jornalista, escritora, pesquisadora. O objetivo é propiciar aos estudantes, servidores, professores, profissionais da arte, e à comunidade em geral, a conversa sobre os temas que Rosane tão bem nos escreve como o racismo, políticas de igualdade racial, mídia. Oportunizando o cumprindo da Lei10.639/2003 que altera a Lei 9.394/1996, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”.

Pelo formato em que será realizado o Festival de Arte nessa edição, devido à necessidade de distanciamento social decorrente da pandemia de Covid-19, a palestra contratada e esperada da palestrante será de grande contribuição para a programação do evento, aproximando por meio das  tecnologias importantes conexões entre a arte e vivências múltiplas, elementos fundamentais para a discussão da arte por uma perspectiva atualizada, inclusiva, decolonial, tal como almejada pelo Festival a cada edição, e que poderá acrescentar conhecimento a todo o público, cujo alcance será potencializado pela transmissão on line da atividade.

 

Postado por Eduardo Carli de Moraes, 17/05/2021.
Textos por Carlos Cipriano e Luciana Bigolin

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