Professores de Arte discutem ensino, resistência e representatividade do segmento

Diálogo aconteceu durante a mesa de abertura do II Encontro de Professores de Arte dos Institutos Federais

Daniel Barbosa e Sandro de Lima, do IFG, e Arthur Albuquerque, do IFRN, conduziram o debate

Começou na manhã de hoje, 8, no IFG Câmpus Itumbiara, o II Encontro de Professores de Arte dos Institutos Federais do Brasil. O evento segue até sexta-feira e ocorre em paralelo ao XIV Festival de Artes de Goiás. O tema da mesa de abertura do Encontro foi “Ética e poética de resistência: o ensino de arte nos IFs”.

A fala inicial foi feita pelo professor do Instituto Federal de Rio Grande do Norte (IFRN), Artur Fabiano Albuquerque, integrante da mesa coordenadora, que apresentou a realidade do Instituto, que conta com 21 câmpus, sendo que em 19 desses há pelos menos dois docentes com formação em alguma linguagem das artes.

Ainda como fator positivo, Albuquerque citou o expressivo número de projetos aprovados pela Pró-Reitoria de Extensão do IFRN em 2016 (foram mais de 170), sendo que 50% desses eram relacionados à arte. Segundo ele, apesar de a Instituição riograndense não ofertar curso técnico integrado na área; a população valoriza muito a cultura local.

Quem também participou o debate foi o pró-reitor de Extensão do Instituto Federal de Goiás (IFG), professor Daniel Silva Barbosa. O pró-reitor fez questão de provocar a reflexão acerca das demandas dos professores de arte dos institutos federais e incentivou a articulação e integração da rede junto às instâncias superiores como, por exemplo, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

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Ainda sobre representatividade, Daniel afirmou que é preciso “superar o patamar de ter que justificar o porquê de as artes integrarem o currículo do ensino técnico integrado.” Ele argumentou que os docentes da área precisam ter o domínio sobre o que é a educação profissional e sobre o papel do educador na formação integral do aluno.

Quem mediou o debate foi o diretor-geral do Câmpus Cidade de Goiás, professor Sandro de Lima, que reafirmou a necessidade de a arte servir como um projeto contra-hegemônico da sociedade atual. Ele falou também que os professores não podem ficar silenciados diante das restrições de direito, principalmente neste momento em que “a política está colocando a mão tirânica sobre nós”.

Em comum, os três participantes da mesa concordaram que para fortalecer o corpo docente de arte dos institutos federais é preciso compreender o papel de cada um enquanto trabalhadores da educação, conquistar espaço mostrando competência, articulação e conhecimento no que diz respeito aos documentos oficiais que norteiam as instituições e, ainda, suas respectivas matrizes orçamentárias.

IFG
O Encontro de Professores dos Institutos Federais continua na tarde de hoje, quando haverá um debate com a representante da Federação de Arte Educadores do Brasil (Faeb), Leda Guimarães. Na quinta-feira, os grupos de trabalho se reúnem em grupos temáticos sobre as artes visuais, teatro, dança, música, audiovisual, literatura e interartes. Na sexta, último dia do evento, acontecem os simpósios sobre ensino, pesquisa e extensão, e posterior encerramento com uma plenária.

Antes do encontro nacional, os professores de arte do IFG reuniram-se na tarde de ontem para discutir internamente os problemas enfrentados pelo segmento e ações para a valorização das artes na formação dos estudantes. Eles decidiram que vão apresentar dois documentos à Reitoria do IFG: um de avaliação e de apoio ao Festival de Artes e outro sobre a carreira docente e as questões do ensino, da pesquisa e da extensão no campo das artes.

 

Setor de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Itumbiara

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