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Simpósios Temáticos

Simpósios Temáticos published on

 

VIII Semana da Licenciatura em História do IFG
1822-2022: Nação, nacionalismos e memórias em disputa – desafios da História escrita e ensinada
SIMPÓSIOS TEMÁTICOS*

1) Linguagens e a escrita da História
Coordenadores/as: Ana Lívia Lourenço Ferreira e Átila Fernandes dos Santos

Local: Auditório Djalma Maia

Resumo: Diversos são os estudos sobre a escrita da história, linguagens e culturas no século XXI. Eles se desenvolvem de formas plurais e com possibilidades diversas sobre a escrita e a elaboração do conhecimento histórico, como visto na literatura, na fotografia, na pintura, no cinema e outros. Pensando nisso, elaboramos um simpósio que pretende ser um espaço onde pesquisadores possam apresentar seus projetos, estudos e reflexões, e assim, debater suas pesquisas em andamento ou finalizadas sobre tais assuntos. As linguagens e suas relações com a História traçam interessantes perspectivas, de modo, que as articulações entre expressões estético-culturais e a experiência do tempo levantam problematizações sobre as marcas e as construções de historicidade, que são caras a esse simpósio. Portanto, tais expressões culturais serão entendidas não só como fonte e objetos, mas também como parte da construção da História.

2) Ensinar, aprender e pesquisar sobre a Idade Média
Coordenadores/as: André Costa Aciole da Silva e Mariana Amorim Romero
Local: Auditório Djalma Maia

Resumo: Idade das Trevas, 1000 anos de escuridão, Idade dourada … essas são alguns dos nomes e formas pelas quais a Idade Média foi tratada no decorrer dos últimos 5 séculos. No Brasil e no exterior tem ocorrido um esforço para a ampliação dos temas de pesquisa sobre o Ocidente medieval. Compreender as mulheres, a religiosidade, o amor, o Estado, a fé, a vida nas cidades, os saberes, enfim a vida no medievo na sua complexidade e dentro do contexto de um recorte temporal tão vasto e que abarca 10 séculos (ou mais – afinal, Le Goff afirmou que a Idade Média acaba em 1800) da História Ocidental tem resultado um amplo espectro de abordagens e de pesquisas que gradativamente tem permitido uma visão cada vez mais plural sobre o medievo. Apresentamos a proposta de um simpósio temático que pretende congregar pesquisadoras e pesquisadores (sejam eles graduandos, graduados ou pós-graduados) que se dedicam ao estudo de temáticas relativas à Idade Média. Ao mesmo tempo pretendemos congregar professoras e professores que tem desenvolvido e experimentado formas de abordagem de temas do medievo nas salas de aula da educação básica e que desejam compartilhar suas experiências de ensino.

3) Vulnerabilidades do ensino de história: que espaços perdemos na escola?
Coordenadores/as: Cristiano Nicolini e Lucília Maria Santiso Dieguez
CANCELADO!

Resumo: Considerando a pandemia do Covid-19, que reconfigurou as estratégias de ensino, exigindo dos docentes habilidades com mídias, adaptação do currículo e reorganização do espaço doméstico enquanto ambiente de trabalho, foram perceptíveis as vulnerabilidades às quais foi submetido o Ensino de História, principalmente pela ausência de política pública que o respaldasse em meio às incertezas (Dieguez, 2021). Diante de um cenário repleto de notícias falsas e de ataques infundados à ciência histórica, vimos crescer sites, blogs, youtubers que, estrategicamente “amparados” por posturas negacionistas, sentiram-se confortáveis em perpetuar tais ações online. Lembrando que as redes sociais de comunicação servem, muitas vezes, de suporte para sedimentar estas desconfianças em relação aos fatos históricos, descredibilizando a escola, a ciência e dando lugar a um leque de mentiras (Nascimento; Campos, 2020), cujos efeitos são diretamente sentidos no Ensino de História, alvo principal destes ataques. Neste retrato de narrativas infundadas, o papel do professor(a) de História é averiguar essa gama de versões disponíveis, “buscando a consistência empírica e a lógica que possam validá-las ou refutá-las” (Nicolini; Medeiros, 2021, p.281), percebendo esses respingos, principalmente, neste momento de condição sanitária periclitante. Raciocinando sobre essas questões, o simpósio temático pretende tratar da vulnerabilidade do Ensino de História dentro das unidades escolares, reunindo pesquisas, relatos de experiências e propostas que tragam indícios, respingos e impasses observados pelos docentes, além de trabalhos que analisem essa perda de espaços sofrida pela disciplina histórica em pequenas/grandes ações do dia-a-dia no ambiente escolar. O simpósio temático se propõe a levantar ainda a seguinte hipótese: o modelo remoto de ensino e a condição pandêmica foram sinais facilitadores para retirar o espaço da História na escola, tornando-a vulnerável?

4) Insurgindo a história nacional: gênero, sexualidades e outras dissidências
Coordenadoras/es: Flávia Pereira Machado e Rhanielly Pereira do Nascimento Pinto
Local: Sala T- 105

Resumo: Em face das comemorações, rememorações e disputas em torno dos 200 anos da “Independência do Brasil”, é preciso evocar as reflexões em torno da constituição de uma pretensa identidade nacional. Consolidada também pela composição de símbolos, das memórias e histórias oficiais, a identidade nacional se configurou a partir dos apagamentos, silenciamentos e ocultamentos das narrativas dissidentes do projeto de nação brasileira. À margem desse projeto moderno, colonial e capitalista estão os/as sujeitos/as localizados/as em lugares de subalternidade e até mesmo condenados a uma constante desumanização. Populações negras e indígenas, mulheres transgressoras, dissidências sexuais, trabalhadores/as, camponeses/as, ribeirinhos/as, entre outros/as, atravessados por eixos de subordinação diversos, se erguem frente à essa história escrita e ensinada a partir do prisma europeu, branco, colonial e heteronormativo. Dessa forma, são essas narrativas contra hegemônicas em torno do projeto nacional, capitalista, colonial e excludente, que nos interessam reunir no presente simpósio. A proposta, neste sentido, é de reunir comunicações que ensejem o debate em torno das subalternidades, das sexualidades dissidentes, das relações de gênero e das disputas narrativas que confrontem a história dita oficial e as memórias produzidas pelos grupos hegemônicos. Serão bem vindas reflexões, relatos de experiências em sala de aula e de ativismos que se coloquem como contra narrativas às memórias e histórias produzidas em torno dos nacionalismos, colonialismos e heterossexismos.

5) O Ensino na Educação de Jovens e Adultos: docência, sujeitos, saberes e práticas da educação popular
Coordenadores: Josué Vidal Pereira e Sebastião Cláudio Barbosa
Local: Sala T- 105

Resumo: No contexto de recuo das políticas sociais do Estado brasileiro e das políticas educacionais em particular, verifica-se que a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos) tem observado imensos retrocessos, que se traduzem na redução brusca das matrículas conforme se verifica no Censo do INEP, o qual aponta uma retração da ordem de meio milhão de estudantes matriculados entre 2015 e 2020. Observa-se a tendência neoliberal de submeter a Educação aos critérios de uma “economia de serviços” tem possibilitado que os “negociantes da Educação” proponham, quase que de forma exclusiva, a perspectiva EAD para a EJA. Deve-se assinalar, contudo, que o Plano Nacional de Educação 2014-2024 aponta na direção oposta, com metas de ampliação das matrículas, ampliação da integração da EJA com a Educação Profissional, bem como para projetos de Formação Continuada de Professores para a modalidade, dentre outras. Este simpósio temático tem como objetivo agregar pesquisas e relatos de experiências acerca dos diversos aspectos que envolvem a EJA, tais como, Práticas Pedagógicas na EJA, Letramento na EJA, Formação de Docente para a EJA, EJA prisional, experiências no campo da Educação Popular que envolvam processos formais e não formais de escolarização, Estudos sobre programas e políticas governamentais sobre a modalidade, financiamento da EJA, História e historiografia da EJA, Ensino de História e o desenvolvimento da consciência histórica na EJA, e outras temáticas que estejam diretamente relacionadas com a modalidade.

6) História da África e da Cultura Afro-Brasileira
Coordenadoras/es: Janira Sodré Miranda e Yangley Adriano Marinho
Local: Sala T- 107

Resumo: Este simpósio temático acolherá comunicações de pesquisas, concluídas ou em andamento, sobre História da África e dos africanos, no continente mater ou na diáspora, em perspectivas historiográficas plurais, desde que partam de uma perspectiva africana, ou seja, inerente às dinâmicas e singularidades históricas intra-continentais, mas também proposições que visem discutir as relações estabelecidas em espaços transnacionais, levando-se em conta experiências diaspóricas, sempre o fazendo a partir de África ou de um olhar afrocentrado. Acolherá pesquisas que tematizem as questões teórico-metodológicas para a história africana. Serão aceitas pesquisas sobre a história da cultura afro-brasileira, que contribuam para o entendimento da participação de negros e negras na construção das estruturas socioeconômicas, políticas, sociais e culturais do país, bem como a centralidade negro-brasileira nos processos de resistências construídos por esses mesmos atores, sendo desejáveis pesquisas que relacionem a renovação historiográfica recente desse campo temático e as lutas por emancipação protagonizadas por africanos e seus descendentes afro-brasileiros, bem como a história dos movimentos negros e da luta antirracista no Brasil. Há um interesse focal em acolher pesquisas e/ou relatos de experiência forjados a partir da sala de aula e focados no ensino de História Africana e Afro-brasileira.

7) O Antigo Regime e os impérios pluricontinentais: dimensões políticas, culturais e econômicas
Coordenador: Paulo Miguel Moreira da Fonseca e José Alves de Oliveira Júnior

Local: Sala T- 106

Resumo: Discussões relativas ao Antigo Regime moderno, os reinos europeus e seus impérios ultramarinos nas Américas, África e no Oriente. As dimensões da ordem política administrativa, as realidades sociais, as práticas culturais e a organização econômica. As práticas de escrita e leitura. Os personagens no mundo moderno: os oficiais régios, as elites e populações escravizadas e subalternizadas. As singularidades das conquistas e as relações entre si e com os reinos. Discutir as redes sociais e comerciais que circulavam pelos impérios, unindo e apartando os territórios.

8) Articulações entre a Ciência Histórica e a Teoria Psicanalítica
Coordenador: Diego A. Moraes Carvalho
Local: Sala T- 106

Resumo: O interesse da História pela Psicanálise não é novo. Desde o momento em que os estudos freudianos extrapolaram a clínica em direção aos estudos culturais, percebendo as relações das neuroses com a moral; ou percebendo que as religiões tem uma mesma origem no totemismo e nos interditos fundamentais; ou ainda que a obediência a um líder supremo tinha nítidas raízes edípicas, por exemplo; a Psicanálise saiu do estrito rol das ciências psicobiológicas para alcançar a amplitude e o interesse das ciências humanas. O caminho de aproximação metódica e metodológica entre História e Psicanálise, entretanto, está em plena construção. O esforço de alguns autores nessa seara tem sido relevante e testemunham boa parte do séc. XX e início do XXI. A começar pelos mestres de Frankfurt – Adorno, Horkheimer, Benjamin, Habermas, Fromm –, cada um à sua maneira, que cruzaram ensinamentos de Marx e Freud para alcançar compreensões absolutamente autênticas da sociedade. Além desses, destaca-se também os trabalhos de Peter Gay, Paul Ricœur, Michel de Certeau, em seus debruçares específicos sobre as proximidades e os distanciamentos entre os dois campos. De maneira menos direta, outros inúmeros historiadores ou se arriscaram nesse diálogo em trabalhos mais restritos ou utilizaram-se do instrumental psicanalítico para melhor compreender seus objetos de pesquisa. A proposta desse ST é congregar pesquisas em pleno curso que busquem a articulação entre esses campos/epistemes, seja a partir de um debate teórico entre os limites/fronteiras entre ambas as áreas, seja ampliando o instrumental de pesquisa e orientação metodológica a incidir sobre fontes, registros e discursos.

9) Educação Patrimonial: possibilidades e desafios
Coordenadoras/es: Dianina Raquel Silva Rabelo, Maria Dailza da Conceição Fagundes, Neemias Oliveira da Silva
Local: Auditório Djalma Maia

Resumo: Este simpósio temático tem como escopo reunir investigações e experiências no campo do Patrimônio Cultural em sua interface com o Ensino de História. O propósito é estabelecer reflexões e diálogos no âmbito da Educação Patrimonial que se constitui de todos os processos educativos em ambientes formais e não formais que têm como foco a comunidade e o seu Patrimônio Cultural. O trabalho com o patrimônio exige um diálogo constante com as comunidades e, nessa perspectiva, a educação patrimonial deve ser considerada e colocada em prática não como uma atividade apêndice, mas integrante de todo o processo de identificação e preservação do patrimônio cultural. Assim, prima-se pela participação efetiva da comunidade em todo o processo de mapeamento de suas referências culturais. Entende-se que a Educação Patrimonial efetiva é uma construção dialógica, coletiva, reflexiva e crítica, que contribui para a construção democrática do conhecimento e para a transformação da realidade, o que implica conceber o Patrimônio Cultural como um elemento social inserido nos espaços de vida dos sujeitos e que nas práticas educativas deve ser levada em conta a sua dimensão social, política e simbólica. Ressalta-se ainda que a Educação Patrimonial decolonial é necessária para romper com os processos de patrimonialização que reproduzam formas de dominação do saber-poder sobre memórias historicamente subalternizadas de grupos sociais não hegemônicos.

10) O historiador e as fontes: pesquisas sob novos olhares e abordagens
Coordenadoras/es: Dianina Raquel Silva Rabelo, Cleusa Teixeira de Sousa, Maicon da Silva Camargo
Local: Sala T- 105

Resumo: Este Simpósio Temático pretende reunir trabalhos que, de forma teórica e prática, recorrem aos usos das mais variadas fontes. Leva-se em consideração a ampliação das possibilidades de usos das fontes, ou seja, a perspectiva de documento/monumento proposta por Jacques Le Goff. Do mesmo modo, observa-se as renovações de práticas empíricas, que têm permitido a incorporação de novas abordagens para as evidências históricas. Nesta perspectiva, chama-se a atenção do historiador para a interdisciplinaridade, de modo a ampliar os métodos que sistematizam o trabalho com novos tipos de documentos e aproximam a História de outras áreas de conhecimento. Buscam-se trabalhos que analisam as fontes como mecanismos principais ou complementares para a compreensão de processos históricos. Espera-se com este ST debater e refletir sobre as maneiras e procedimentos a serem adotados na abordagem das suas fontes, bem como enriquecer a construção do conhecimento histórico, potencializando novas abordagens historiográficas.

*Formato presencial.

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