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A palestra se desdobra em três partes: a vida e obra de Portinari, o trabalho do Projeto Portinari, e sua mais recente iniciativa, o “Projeto Guerra e Paz”.
A coruscante trajetória artística de Portinari começa em um humilde povoado perdido nas imensas plantações de café do Estado de São Paulo.
Após legar ao País um retrato emocionado e grandioso, em mais de 5 mil obras, do povo, da vida e da alma brasileira, ela vai atingir o seu ápice nos monumentais painéis “Guerra” e “Paz”, presente do Brasil à Organização das Nações Unidas.
De fato Portinari pode bem ilustrar a famosa reflexão do escritor russo Tolstoi “se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”…
Se ele retratou abundantemente os meninos e meninas de Brodowski, ao final pinta crianças universais, como no coral de crianças de todas as raças, que se destaca no mural “Paz”. Se antes suas “Pietás” — da clássica imagística católica, as mães com o filho morto ao colo — são retirantes nordestinas, no mural “Guerra” elas se transformam em mães universais.
Na segunda parte apresentamos o trabalho do Projeto Portinari, que há exatos 42 anos está empenhado no levantamento, catalogação, pesquisa e democratização do legado pictórico, ético, e humanista do pintor.
A última parte focaliza a sua iniciativa mais recente. Após obter da ONU a guarda dos originais “Guerra” e “Paz” durante o período 2010-2015, o Projeto Portinari trouxe a obra prima do pintor para restauro e exposição no Brasil, e em Paris, reinaugurando-os depois no grande plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 8 de setembro de 2015, com o discurso inaugural proferido pelo Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Ban-Ki-Moon, no grande plenário da Assembléia Geral da ONU, o que pode ser visto por meio do “link” abaixo:
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Resumo do CV de João Candido Portinari:
João Candido Portinari é Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT.
(Antes de ingressar no MIT, cursou Matemática no Lycée Louis-Le-Grand e engenharia na École Nationale Supérieure des Télécommunications, em Paris, onde se formou como Engenheiro de Telecomunicações)
A convite da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro — PUC-Rio, regressou ao Brasil, em 1966, após dez anos no exterior, com a missão inicial de ajudar a fundar o Departamento de Matemática da PUC-Rio.
Em janeiro de 1967, passa a integrar o quadro docente do IMUC, como professor em tempo integral e dedicação exclusiva. Foi um dos fundadores do Departamento de Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, assumindo sua chefia no ano seguinte (1968).
Em 1979, após 13 anos de atividades de pesquisa, ensino e administração desenvolvidas em tempo integral no Departamento de Matemática da PUC-Rio, o Professor Portinari concebeu e implantou o Projeto Portinari, trabalho universitário de equipe multi-disciplinar, empenhado no levantamento, catalogação, pesquisa e democratização de um vasto acervo documental sobre a obra, vida e época do pintor Candido Portinari (1903-62). — ver em anexo uma seleção de testemunhais sobre o trabalho do Projeto Portinari.
É tambem Presidente da Associação Cultural Candido Portinari, sucedendo ao seu primeiro Presidente, o Professor Afonso Arinos de Mello Franco.
Prêmios outorgados a João Candido Portinari e/ou ao Projeto Portinari:
Em 2004, recebeu o Prêmio CLIO de História, outorgado pela Academia Paulistana da História, pelo Catálogo Raisonné de Candido Portinari.
Em 2005, recebeu o Prêmio Sérgio Milliet, outorgado pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, pelo Catálogo Raisonné de Candido Portinari.
Em 2005, o Projeto Portinari recebeu o Prêmio Jabuti, pelo Catálogo Raisonné de Candido Portinari.
Em 2005, o Projeto Portinari recebeu o Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade, outorgado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — IPHAN, pelo Catálogo Raisonné de Candido Portinari.
Em 2008, foi agraciado pela Presidência da República com a Ordem do Mérito Cultural, na categoria de Comendador.
Em 2010, foi agraciado, pela Escola Superior de Guerra, com a Medalha do Mérito Marechal Cordeiro de Farias.
Em 2010, foi admitido, pelo Conselho da Ordem do Mérito da Defesa, do Ministério da Defesa, no Grau de Oficial do Quadro Suplementar.
Em 2010, foi-lhe outorgada, pela União Brasileira de Escritores, a Medalha Antonio Olinto, “por relevantes serviços prestados à Cultura Brasileira”.
Em 2011 recebeu o Prêmio Trip Transformadores.
Em 2012 a exposição “Guerra e Paz” no Memorial da América Latina em SP recebeu o Prêmio Melhor Exposição do Ano, da Folha de SP.
Ainda em 2012 foi eleito “Personalidade do Ano”” pela Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA.
Em 2012 o Projeto Portinari recebeu o Prêmio ABERJE 2012 São Paulo.
Em 2014 foi convidado a integrar o Conselho Consultivo do Patrimônio Museológico Nacional, do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM.