Entre as dezenas de atrações do XIV Festival de Artes de Goiás está a exposição “Galeria Aberta” que apresenta aos visitantes 16 propostas de artes visuais e relacionadas ao tema do evento Pô!Ética. Dispostas em diversos locais do Câmpus Itumbiara, as obras provocam no público as mais diferentes sensações, desde a contemplação e admiração, até a repulsa e pena pela dor do outro. As linguagens que compõem a exposição são a pintura, fotografia, quadrinhos, cordel, artesanato, xilogravura e objetos tridimensionais.
Uma das obras mais comentadas é a instalação Aborto. Enquanto percorre a sala com pouca luz (algo proposital) e observa fotografias de fetos abortados e mulheres no momento exato do aborto, o visitante é envolvido por sons de mães e bebês chorando. Esse misto de som e imagem é capaz de provocar sensações muitos fortes em quem visita o local e, por isso, a classificação indicativa é para maiores de 18 anos.
Outra obra bastante apreciada é a Vestir o Desconforto que está em exposição na biblioteca. No espaço foram pendurados alguns tecidos de material transparente e maleável nos quais a artista diluiu tinta de tecido. A ideia é transmitir o aspecto plástico da imagem e representar também o conceito de hibridismo da pós-modernidade. A aluna do Câmpus Águas Lindas, Aparecida Pereira Sena Borges, ficou encantada com a exposição dos tecidos e afirmou que os desenhos são maravilhosos. “Eu amei, é muito interessante”, disse ela.
Além dos tecidos e ainda na biblioteca, estão montados: a estória em quadrinhos O Santo e a Porca e a Rádio Temporal (que é interativa e coloca à disposição do público canções que marcaram várias épocas da história da música). Há também as exposições Mamilos Polêmicos, Cortem as Cabeças, Corpo Lugar de Todas as Identidades, Espécime Desconhecido e Por uma HonRosa Paixão, que tratam da questão de gênero, violência e exposição do corpo feminino.
Artesanato
Segundo a professora de arte, Naira Rosana, a exposição “destaca a importância de haver uma galeria aberta dentro do Festival de Artes como forma de manifestação da produção realizada pelos alunos dos institutos federais e sob a orientação dos professores de artes visuais”.
Naira também comentou a qualidade dos trabalhos expostos, e destacou as obras realizadas pelos alunos do nível médio e superior do Câmpus Cidade de Goiás, muitos dos quais são artistas e artesãos profissionais e trouxeram para o Festival seus próprios trabalhos representando a cultural regional daquela cidade. São esculturas de argila, boneca de pano, crochê, figura de animais confeccionados a partir de elementos do cerrado como, por exemplo, as sementes, galhos, folhas, folhas, etc. O aluno Francisco Sousa, também de Águas Lindas, disse que as obras de artesanato estão ótimas e que gostou mais de observar o artesão demonstrando a técnica de xilogravura.
Setor de Comunicação Social e Eventos/ Câmpus Itumbiara.